Hoje vamos falar sobre o Trimui Smart Pro, um console portátil retrô que chegou de mansinho, sem muito alarde... e conquistou meu coração ao ponto de me fazer vender o meu RG35XX H. Sim, isso aconteceu — e eu não me arrependo.
Nesta análise, vou contar de forma clara (e com um toque de humor, porque a vida já é séria demais) os pontos positivos e negativos desse console, e por que ele pode (ou não) ser o que você está procurando.
O que é o Trimui Smart Pro?
O Trimui Smart Pro é um console portátil voltado para a emulação de jogos retrô. Isso inclui desde sistemas bem antigos como Atari 2600, NES e Master System, até plataformas mais “recentes” como PS1, PSP, NDS e Nintendo 64.
Claro, ele não roda jogos modernos, mas estamos falando de uma biblioteca enorme de clássicos — e convenhamos, tem muito jogo antigo que dá um baile nos atuais. O destaque aqui vai para a biblioteca do Game Boy Advance, que roda com facilidade e entrega horas de diversão.
Desempenho: faz o que promete (e mais um pouco)
O Trimui é equipado com um processador Allwinner A133 Plus (quad-core até 1.8GHz), GPU PowerVR GE8300, 1GB de RAM LPDDR4X e 8GB de armazenamento interno, com suporte para cartão microSD de até 1TB.
Na prática? Ele roda tudo até o PS1 com tranquilidade. PSP, N64 e Nintendo DS funcionam, mas com algumas limitações — nem todos os jogos vão rodar lisos. Dreamcast e Sega Saturn? Digamos que o console faz o possível… e às vezes desiste no meio do caminho.
Mas se o seu foco for NES, SNES, Mega Drive, GBA, PS1 e companhia, pode ir tranquilo. Nessa categoria, ele se sai melhor que muitos concorrentes diretos como R36S, RG35XX e afins, ficando apenas um pouco abaixo de modelos mais caros como o X55.
Sistema: pronto para jogar (quase sempre)
O sistema padrão do Trimui já vem funcional, com interface amigável e em português (de Portugal, mas totalmente compreensível). É possível usar Wi-Fi, Bluetooth, configurar o botão FN, calibrar os controles e sair jogando em poucos minutos.
Porém, uma observação importante: se você adquirir a versão sem cartão de memória, o console virá praticamente “nu”, sem jogos. Nesse caso, será necessário configurar tudo por conta própria. Felizmente, existem tutoriais disponíveis (inclusive o meu) para te ajudar nesse processo.
Crossmix OS: a transformação acontece aqui
A Crossmix merece um capítulo à parte. Ela não é exatamente um novo sistema, mas sim uma personalização profunda do sistema original. Uma "fachada nova", por assim dizer.
Com ela, o Trimui ganha:
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Suporte a novos emuladores
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Tradução para português brasileiro
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Aplicativos adicionais
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Mais opções de configuração
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Melhorias de desempenho
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Pixel perfect com sobreposição em todos os jogos
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E aquele toque de carinho que transforma o console
Se você quiser tirar o máximo de proveito do Trimui Smart Pro, instalar a Crossmix é quase obrigatório. O console literalmente muda de nível.
Tela e Bateria: uma dupla eficiente
A tela de 5 polegadas com resolução 1280x720 é muito boa para a categoria. Nitidez excelente, brilho decente e cores bem equilibradas.
A bateria de 5.000mAh dá conta do recado com folga em emuladores mais leves e ainda entrega uma boa autonomia mesmo em jogos mais pesados. Poderia ser ainda melhor se a tela tivesse resolução menor? Provavelmente. Mas, convenhamos, é difícil reclamar de uma tela bonita demais.
Pontos positivos
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Design elegante e bem construído
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LED nos analógicos (sim, é estético, e sim, eu gostei)
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Analógicos posicionados na parte inferior, mais ergonômico
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Sistema simples e funcional
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Botão FN personalizável para ativar funções rápidas
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Desempenho muito bom para um console de entrada
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Crossmix eleva tudo para outro patamar
Pontos negativos (sim, nem tudo é perfeito)
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Analógicos não têm Hall Effect e não são clicáveis (ou seja, nada de L3/R3). Pior: são baseados nos analógicos do PS Vita 2000, o que impede upgrades fáceis.
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Botões ABXY pequenos, R1/L1 e R2/L2 muito próximos. Quem tem mãos maiores pode achar desconfortável.
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Sem saída HDMI — se você pretendia jogar na TV, terá que procurar outro modelo.
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O cartão de memória que acompanha o console é ruim, propenso a corromper. Trocar por um de melhor qualidade é praticamente obrigatório.
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Alguns ports de PC não rodam, especialmente via PortMaster, por conta da falta de drivers que o fabricante do chip simplesmente não disponibilizou. Sim, é frustrante.
Conclusão: vale a pena?
Se você quer um console portátil retrô, com bom desempenho, tela excelente e preço justo, o Trimui Smart Pro é uma das melhores opções da sua categoria.
Ele tem suas limitações, mas entrega exatamente aquilo que promete — e com a Crossmix, entrega ainda mais.
No meu caso, ele foi convincente o suficiente para me fazer vender meu RG35XX H. A combinação de tela grande, boa bateria e sistema fluido acabou me conquistando.
Se você gosta de jogos retrô e quer algo prático, bonito e portátil, pode comprar o Trimui Smart Pro sem medo.
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